Flávio Ricco
Colaborou José Carlos Nery
Comentário Gabriel Carvalho
A televisão volta a ser infestada por programas populares e de apelo fácil para encobrir a incompetência de seus diretores. Mais uma vez eles se mostram incapazes de elaborar um trabalho que possa atender a diferentes tipos de público.
Record, SBT e Bandeirantes estão todas com o nariz apontado na mesma direção. E a audiência disso? Qualificada, com certeza, não é. Que anunciantes podem atrair? As grandes empresas é que não são. Regra antiga. Marcas importantes nunca se agregam a produtos de qualidade duvidosa.
Daí se tem a certeza de que a aposta no barraco ou policialesco se dá, pura e simplesmente, nos momentos de maior desespero e em duas situações bem definidas: para alavancar a audiência e encobrir, repito, a já comprovada incapacidade dos dirigentes dessas emissoras em produzir alguma coisa melhor.
Vivemos, sim, um outro momento de retrocesso, onde a qualidade é ignorada, colocada de lado. Um filme que todo mundo já assistiu e nada mais perecível. Programas com prazo de validade: aparecem e desaparecem com a mesma velocidade, mas não sem antes provocar os estragos conhecidos.
Comentário
Na Bahia, a onda da TV Miséria invadiu grande parte dos lares, principalmente no horário de almoço. Aqui, a diferença é que grandes supermercados, governos e até bancos dão vez a esses programas, numa espécie de chantagem que funciona da seguinte forma: o programa bate e depois manda a fatura.
Assim, há uma desprofissionalização do jornalismo no rádio e televisão, fazendo surgir os "profissionais multimidia" que une as funções de radialista e consultor comercial.
Um comentário:
O que esperar de canais de televisão em que os programas mais educativos e de bom senso passam entre as 00:00 e as 06 da manhã? E que saudade dos bons tempos em que os desenhos animados pra a criançada prestavam...TV Colosso, Cavalo de Fogo, Jaspion, Ursinhos Carinhosos...
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