segunda-feira, 25 de julho de 2011

ENTREVISTA MILENA SILVA

Foto: Gabriel Carvalho


Entrevista Milena Silva - Pré-candidata do PSL a vereadora de Salvador

Ela é bonita, inteligente, taurina e sabe muito de política. Aos 27 anos , a modelo, atriz e bacharela em Relações Internacionais, Milena Silva, demonstrou que tem uma personalidade forte e também habilidade com as palavras. No currículo, uma candidatura a vereadora em 2004, três aparições como capa da Revista Sexy Premium, algumas participações na TV em novelas como Ti Ti Ti e seriados como Malhação e Lara com Z, todos na TV Globo. Na telinha baiana, ela foi a Malvada do Povo, no programa do apresentador Casemiro Neto, na TV Aratu. Bem no estilo sem papas na língua, a pré-candidata a vereadora de Salvador falou, em entrevista exclusiva ao DIÁRIO DE UM FELA DA GAITA sobre sexo, comida, comportamento, sobre a vida dividida entre São Paulo, Rio e Salvador com os cursos de teatro e, é claro: sobre política!

DFG - Em 2004 você se lançou na política, houve alguma motivação especial?

Milena Silva- Desde os oito anos de idade eu freqüentava comunidades carentes, orfanatos e outras instituições, aos 18 fui trabalhar na Assembléia Legislativa da Bahia com o então deputado estadual Mauricio Trindade e aos 20 recebi um convite para me filiar ao Prona, do ex-deputado federal Eneas Carneiro, nós íamos gravar um programa de TV juntos...

Repórter interrompe – alguma afinidade com ele?

MS – Bem... (pequena pausa) embora tivéssemos ideologias diferentes e perecêssemos ao mesmo partido, ele me recebeu muito bem em Brasília e me deu uma grande força no período eleitoral.

DFG - Naquela ocasião, com apenas 20 anos, que estratégia você usou para mostrar ao público que não era uma aventureira eleitoral?

MS –Quando fui convidada, eu já tinha noção de política. Eu fazia política e não politicagem. Na Assembleia, eu sempre mantive um contato com o povo, visitando as comunidades mais carentes. Nessas visitas, eu pude constatar que não havia políticas para o esporte. Venho de uma família de esportistas, na época não existia sequer uma Secretaria Municipal de Esportes. Eu acho que o esporte é o caminho para afastar a juventude das drogas. Naquela época eu tive uma boa aceitação nas comunidades que freqüentava e idealizei o Projeto Tudo Pelo Esporte, que viria a se tornar meu slogan de campanha. A minha idéia era, na ocasião, criar a Secretaria no âmbito municipal e foi o que propusemos ao então candidato João Henrique.

DFG – Então você o apoiou naquela ocasião?

MS- Sim, apoiei.

DFG- Apoiaria novamente?

MS- Eu acho que ele deixou muito a desejar e sinto que a cidade está muito abandonada. Eu defendo que haja uma renovação na política baiana.

DFG – Hoje temos muitos políticos jovens, mas que são filhos de políticos que estão na vida pública há muitos anos. Você acha que eles representam alguma renovação?

MS- Quando entra o filho do fulano, o filho do ciclano (sic), acaba havendo uma continuação do trabalho dos mais velhos. Isso vem acontecendo em nosso Estado. Nós, que somos de partidos pequenos, temos até mais liberdade, mas acabamos ficando sem recursos para fazer uma campanha forte e competitiva. Com menos de R$ 500 mil não se faz uma campanha para ganhar eleição. Gastei menos de R$ 100 mil e cheguei perto de 4 mil votos, perdendo por menos de 300 votos para um candidato que tinha a retaguarda do então prefeito Antonio Imbssahy, pois havia sido presidente da Codesal.


Foto: Gabriel Carvalho


Eu acho que ele (João Henrique) deixou muito a desejar e sinto que a cidade está muito abandonada. Eu defendo que haja uma renovação na política baiana.

DFG – Mas apesar de perder a eleição você ganhou notoriedade...

MS – Fui a candidata mais polemica da Bahia, dei entrevista a diversas emissoras de TV, jornais e inclusive fui entrevistada pela Folha de São Paulo. Apesar da notoriedade, eu acho que a política é a minha vida.

DFG – Aí rolou um convite de posar nua...

MS – É, por conta desta visibilidade, tive um convite para a Revista Sexy Premium, onde tive a oportunidade de me mostrar mais transparente para o eleitorado. Quem não posa nua é porque não tem oportunidade.

DFG- Como foi esse convite?

MS- Eles fizeram um contato através do gabinete, antes mesmo da campanha, cheguei a negar duas vezes, inclusive a Playboy e depois aceitei. Na época, os adversários usaram isso contra mim dizendo que eu lancei a candidatura para me promover e que tinha alcançado o meu objetivo com a revista. Depois começaram a dizer que eu era garota de programa...Mas embora não seja garota de programa, eu acho que elas também merecem respeito. Nessa época, chegaram até a inventar que tive um caso com o deputado que trabalhava e isso abreviou o meu casamento.

Embora não seja garota de programa, eu acho que elas também merecem respeito.

DFG- Em pleno Século XXI, há quem diga que quem posa nua é garota de programa?

MS – Existe sim, principalmente em Salvador, onde as pessoas ainda são conservadoras. No Rio de Janeiro, uma juíza usa biquíni fio dental na praia e não deixa de ser juíza.

DFG- E na época você tinha namorado? Como ele reagiu?

MS- Reagiu bem até antes de sair nas bancas, depois rolou um ciúme.

DFG- E o resultado no bolso?

MS- Foi bom, deu para dar entrada numa cobertura, que era um antigo sonho.

DFG – Você é baladeira?

MS- Eu pouco saio, saio mais para jantar, sou extremamente caseira e não sou muito de baladas.

DFG – Você está solteira?

MS- Hoje eu tenho um amor...

DFG- É político?

MS- Segredo (risos)

Foto: Gabriel Carvalho

DFG – E a Malvada do Povo?

MS- Uma amiga me inscreveu no concurso e eu resolvi topar. Lembro que foi muito difícil, tinha muitas meninas bonitas. E eu não tinha muita preocupação com o físico...

DFG - Como assim?

MS- Eu malho quando tenho tempo e como hambúrguer com batata frita...

DFG – Daqui a pouco eu entro nesse tema, mas me fale da Malvada

MS- Então, quando eu ia fazer as matérias, as pessoas me gritavam, chamavam pelo meu nome e pediam para eu dançar, mas eu dizia que não fazia o papel de uma dançarina, mas de uma pessoa que defendia os interesses do povo. Não ia dançar diante de uma mãe que chorava a perda de um filho porque os telespectadores queriam ver a minha bunda.

DFG - Foi por isso que saiu do programa?

MS – Não. Saí porque tinha que fazer a campanha, mas depois vi que aquele papel também não cabia mais pra mim.



Eu malho quando tenho tempo e como hambúrguer com batata frita...

DFG – Mas agora você também é atriz...

MS- É, fiz um curso com o Wolf Maia e fiz algumas participações na TV Globo como Ti ti ti, Lara com Z e Malhação. Ainda pequena, participei do Programa Mara Maravilha e fiz a propaganda da Melissinha.

DFG- E se tiver de fazer uma escolha entre a política e a carreira artística?

MS – Não existe escolha. A política está dentro de mim e é o que eu respiro, mas a arte também faz parte da minha vida, pois preciso me manter na mídia e também os recursos para financiar meus projetos.

DFG- De volta ao tema vaidade, você também é adepta do silicone?

MS - Olha, eu tenho uma prótese, de 150 ml e estou satisfeita.

DFG – E esse corpão, dá trabalho pra manter?

MS – Olha, eu como de tudo, não sou muito disciplinada não.

DFG – Você tem algumas tatuagens, mas essa no seu braço chama a atenção. É você?

MS- É a supermulher.

DFG – Voce se considera uma supermulher?

MS- Sim, hoje me considero uma supermulher sim.

DFG - E essa outra no pulso?

MS - É a palavra Justiça, uma coisa que está faltando muito em nosso país.

DFG – Já usou droga?

MS – Meu único vício é a política.

DFG – Seu lugar preferido?

MS- O bairro do Rio Vermelho, em Salvador?

DFG – Praia ou frio?

MS – Um pouco de cada.

DFG – Marca de biquíni é brega ou sensual

MS – Essa eu deixo pro meu eleitorado.


Foto: Arquivo pessoal/Facebook


FIM



Um comentário:

Anônimo disse...

é...primeira dama do turismo.