A eleição municipal de Salvador chega à sua última fase com um saldo que era considerado inimaginável no início da campanha, no mês de junho. O pleito entre João Henrique (PMDB) e Walter Pinheiro (PT) era tudo o que não poderia acontecer para ambos os partidos.
No primeiro turno, os atuais caciques da política baiana (Geddel Vieira Lima, ministro da Integração Nacional e Jaques Wagner, governador da Bahia), defendiam a tese de todos contra o DEM, de ACM Neto. Naquela época, imaginava-se que o deputado federal teria uma vaga garantida no segundo turno.
Diante disso, o governador foi às convenções dos três partidos, que considerava aliado àquele momento (PMDB, PSDB e PT) e disse que ficaria feliz com a vitória de qualquer um dos partidos.
Passado o pleito no primeiro turno, o cenário improvável se concretizou: segundo turno entre PT e PMDB. Assim, a guerra que estaria reservada para 2010, foi deflagrada com dois anos de antecedência e com consequências ainda piores.
O PMDB que marchava na base governista da Assembléia e até no Executivo, com duas importantes pastas de governo (Infra-estrutura e Indústria e Comércio) se tornou um feroz crítico da própria administração estadual e aliou-se às chamadas "forças do mal", onde se incluem Paulo Souto, César Borges e ACM Neto.
O fogo cruzado e a troca de acusações entre os palácios Thomé de Souza e de Ondina começaram a tomar proporções diversas e vários adjetivos surgiram para políticos de ambos os lados, entre os quais mentiroso, antiético e etc.
Assim, ninguém sabe o que acontecerá depois de domingo, mas uma coisa é certa: o tom de Geddel Vieira Lima e aliados deve se abrandar, como disse o líder do PMDB na AL, Leur Lomanto Jr e isso porque o ministro quer continuar ministro e manter as "suas" secretarias no governo, até porque de bobo ele não tem nada.
Resta aguardar se o PT não vai partir para o conta-ataque, caso saia derrotado nas eleições de Salvador.
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