sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Este pode ser o ano dos negros


O ano de 2008 pode ser marcante para os negros de todo o mundo e tudo vai ser definido nos próximos cinco dias.

O primeiro marco para a raça que representa um grande número da população do planeta pode acontecer no próximo domingo (2), caso o inlgês Lewis Hammilton confirme o título de campeão mundial de Fórmula 1. Hammilton é o primeiro afrodescendente a integrar a categoria, que sempre foi sinônimo de status e riqueza.

Outro que pode romper paradigmas é o senador democrata Barack Obama, com uma eventual vitória sobre o colega republicano John McCain nas eleições presidenciais norte-americanas.

Apesar dos dois importantes feitos que estão muito próximos da concretização, a comunidade negra ainda tem muitas conquistas a obter, principalmente em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento.
De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgado este ano no Atlas Racial Brasileiro, os ítens abaixo ainda revelam uma grande disparidade racial medida no Brasil.

Uma criança negra no Brasil do mito tem 66% mais chances de morrer no primeiro ano de vida do que uma criança não negra;

O atendimento médico está mais disponível para a população branca na proporção de 83,6% contra 69,7% para a população negra;

O número de negros que passou alguma vez na vida por um dentista é duas vezes menos que o de brancos, o mesmo ocorrendo com o acesso a Planos de Saúde;

Os negros representam 65% da população que vive abaixo da linha de pobreza e 70% da população que vive em condições de indigência. Ou seja: de cada dez miseráveis no Brasil, sete são negros; No cômputo geral, 50% da população negra vive abaixo da linha de pobreza, contra 25% da população branca.

E, por fim, uma pessoa negra nascida em 2.000, viverá, segundo o Atlas Racial Brasileiro, 5,3 anos menos que uma pessoa branca; no caso da mulher negra, 4,3 anos menos.

Um comentário:

Unknown disse...

Que a (provável) eleição de Obama ao posto de homem mais poderoso do planeta (até quando?) sirva como um divisor de águas, um marco inicial para a mudança de mentalidade necessária.

Só quando conseguirmos enxergar o racismo como um comportamento primitivo de nossos antepassados, só aí, será possível interferir nesses indicadores bizarros que ainda depõem contra a suposta “democracia” racial.