domingo, 1 de fevereiro de 2009

Não existe mais frio na barriga

Quem foi adolescente até meados dos anos 90 com certeza deve ter ouvido falar ou sentido sensações como frio na barriga, arrepios, entre outras coisas.

Naquela época, as "ficadas" eram rituais que a cada dia tinham sua etapa. Após conseguir beijar uma garota, a marmanjada aguardava até dois dias para repetir o feito e, quem sabe, conseguir uma mão boba aqui e outra ali.

Eu lembro que até consumar o ato sexual, havia um prazo de pelo menos um mês até que garotos e garotas de 14 a 17 anos chegassem a este clímax.

Hoje, não que eu seja quadrado ou cafona, não vejo mais esse romantismo, o que para minha época já era moderno até demais. Não tenho nada contra, sou até simpático a certo liberalismo, mas hoje vejo as coisas acontecerem com excessiva facilidade.

Até o velho "doce" que as meninas do meu tempo faziam era algo que deixava uma vontade no ar. Agora, por exemplo, não há mais espaço pra isso, uma vez que as filas andam muito rápido.

2 comentários:

Cosa Uneca disse...

Pois é, Gabi, não existe mais mesmo. Conheceu hoje, beija, transa e adeus.
O frio na barriga de nós, mulheres, sempre foi o telefone de casa tocar depois de uma ficada. Isso era o máximo, era o indício de que uma nova etapa estava prestes a se concretizar. Nem bina os bichos tinham...

Anônimo disse...

É, ao que parece quem ainda se preserva no direito de ser e viver dentro dos valores de outrora está fadado, além de rótulos, a pagar por um preço bem alto. Afinal, encontrar quem ainda se preserve nos dias de hoje é quase, achar a velha agulha no palheiro, como diriam as nossas saudosas avós.