quarta-feira, 13 de maio de 2009

Morte ao voleibol, segundo a Rede Globo

Gabriel Carvalho

Quando vi uma reportagem em um telejornal da TV Globo, repercutindo o fim da parceria entre o Grupo Bradesco, da financeira Finasa e o time de vôlei do Osasco-SP, confesso que fiquei estarrecido. Eles entrevistaram jogadoras, ex-jogadoras, mostraram choro, lamento e tudo que têm direito...

Mas por que eu fiquei estarrecido? Fiquei, porque quando o Osasco tinha patrocínio, a emissora jamais chamou o time de Finasa-Osasco, assim como jamais chamou a equipe do Rio de Janeiro de Rexona Ades. A preocupação em não falar a marca dos patrocinadores sempre foi tão grande, que a Globo pouco se importou com os roupeiros, jogadoras, funcionários, treinadores e a família dos que trabalham nesses times.

Detesto o comportamento "merchandisingtivo" do Milton Neves, mas ele tem toda a razão quando critica o comportamento da Globo e dos Canais Sportv, da Globosat, por este comportamento. Quando um grupo privado investe numa marca, ele quer ter o retorno de imagem.

Se as emissoras de tv não tomarem cuidado, vão acabar provocando a falência do futebol, uma vez que procedimentos parecidos são adotados pelos veículos de comunicação, em relação à modalidade. Exemplo disso são as entrevistas coletivas, onde o cinegrafista faz malabarismos e abusa dos zooms (recursos de aproximação) para suprimir as marcas dos anunciantes,

Diante disso, já podemos ver clubes como Flamengo, Vasco, Bahia, Cruzeiro, Atlético Mineiro, com as camisas "limpas", sem um grande patrocinador. Acho que os clubes poderiam se manifestar e até mesmo, por que não, boicotar as emissoras que suprimem as marcas de seus patrocinadores, que só têm uma colher de chá quando aparacem na transmissão ao vivo.

3 comentários:

Eduardo Pelosi disse...

Eu ouvi a crítica do Milton Neves e ele tem toda razão. Na Fórmula 1 é a mesma coisa, Red Bull vira RBR e Toro Rosso vira STR. No futebol, os times tiveram que colocar a placa de propaganda no microfone, pois, quando os jogadores iam ser entrevistados as câmeras sempre fechavam no rosto do atleta para não mostrar o backdrop com os anuncios...

Andreia Santana disse...

É a mesma coisa no marketing cultural, as empresas patrocinam prêmios de literatura, música, teatro e poucos, raríssimos veículos, citam os nomes das marcas. A TIM que é esperta, que botou logo sua grife no nome Prêmio TIM de Música, daí não tem pra onde fugir, até pq, só participa fera da MPB. Depois reclamam que empresário não patrocina cultura ou esportes no Brasil...

P.S.: Não seja ingrato "Fela", eu visito seu blog com frequencia, só não comento sempre. Mantenho seu link no Mar de Histórias e vc me limou do seu blogroll só pq mudei pro wordpress! rsrsrsr.

Gabriel Carvalho disse...

Não foi por isso Deia, é que tava sem atualizar o Diário. Vou atender sua reivindicação.