sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Passageiros da TAM passam a noite em aeroporto e decidem entrar na Justiça contra a companhia

Os 150 passageiros do voo JJ 8006 da TAM, que saiu de Salvador com destino a Buenos Aires no último dia 28 de outubro, vão entrar na Justiça contra a companhia aérea. Eles alegam que a empresa agiu com descaso e abandono ao deixá-los sem água e comida, fazendo com que eles passassem a noite no saguão do aeroporto de Montevidéu, no Uruguai, devido ao impedimento de pouso no terminal de Ezeiza, em Buenos Aires.

A economista Angela Fucs e o fotógrafo João Ramos relataram que houve uma falta de respeito da companhia com os passageiros. “Eles sabiam que o aeroporto argentino estava em obras e que possivelmente não poderia pousar depois da meia-noite e mesmo assim saíram mais de uma hora atrasados de São Paulo (por volta das 22h15) perderam bastante tempo no espaço aéreo argentino e chegaram a nos propor que voltássemos para (o aeroporto de) Guarulhos”, disse João.

O fotógrafo disse ainda que antes de chegar ao saguão do Aeroporto de Montevidéu, os passageiros permaneceram por um longo tempo trancados na aeronave. “A tripulação literalmente nos abandonou. Colocaram-nos na sala de embarque do aeroporto da capital uruguaia e retornaram para o Brasil. Nós tivemos de esperar o dia amanhecer para que viesse uma nova tripulação para nos deixar em Buenos Aires”, completou.

Após uma noite inteira no terminal de Montevidéu, os passageiros – que resolveram produzir uma reclamação formal à TAM – receberam um ticket para tomar um café, quase sete horas depois de aterrissarem em solo uruguaio. A viagem que era para ter uma duração de até oito horas se transformou numa odisséia de quase 24 horas e muitos ali, fatalmente, perderam seus compromissos e também consumiram os seus familiares por não terem dado a tempo, a noticia das suas chegadas após saírem do Brasil na tarde do dia anterior.


Mais reclamações

Em outro voo para Buenos Aires da mesma companhia, o 8002, os passageiros viveram momentos alucinantes a bordo de um A320. Turbulências à parte, a aeronave que já saíra atrasada de Salvador, e também da sua escala no Rio de Janeiro, chegou na capital argentina por volta das 2h da madrugada.

Até chegar lá, vários inconvenientes como o ar-condicionado que não funcionava com a aeronave em solo e o fétido aroma que saía dos banheiros a cada momento em que suas portas eram abertas.

Mãe e filha, a taquigrafa, Jane Medina e a médica dermatologista, Flávia, que embarcaram no Rio de Janeiro, foram recebidas com uma poltrona que não reclinava, reclamaram e felizmente foram atendidas, juntamente com o jornalista Gabriel Carvalho, que narra toda essa história.


Apesar da reivindicação atendida durante o voo 8002, fica aqui o questionamento por que cobrar a mesma tarifa em uma poltrona que não reclina?


Assista o vídeo em que João Ramos e Angela Fucs relatam a noite de horrores em Montevidéu.


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