sábado, 3 de março de 2012

Instituto de Saúde Coletiva da Ufba inicia ano letivo com uma série de atividades

Gabriel Carvalho, do DFG

A História da Saúde na Bahia será tema de discussão entre os dias 5 e 13 deste mês, durante extensa programação que será realizada pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/Ufba). As atividades começam nesta segunda-feira (5), a partir das 9h, com um café da manhã na sede do ISC, na Rua Basílio da Gama, s/n - Campus Universitário Canela.

Estão previstas palestras sobre variados temas e também aulas de território em Salvador e no Recôncavo Baiano. As visitas serão realizadas nas sedes da Santa Casa de Misericórdia da capital e também dos municípios de Nazaré, Cachoeira, Santo Antonio de Jesus e São Félix.

O encerramento da semana de atividades será feito pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no dia 13, no Salão Nobre da Ufba.

Convidados - Entre os palestrantes confirmados para a semana de atividades do ISC estão o ex-governador da Bahia, ministro da Saúde, reitor da Ufba e atual presidente da Academia Baiana de Ciências, Roberto Santos; a professora doutora Lorene Pinto (Ufba/Famed) e a historiadora Christiane Cruz Souza (Ifba).

O professor doutor Roberto Santos fará, na terça-feira (6), às 18h30, no auditório do ISC, uma palestra sobre A Evolução da Saúde na Bahia de 1945 até os dias atuais. Segundo ele, um dos principais avanços do setor no Estado foi a fundação do Hospital Universitário Professor Edgard Santos, conhecido como Hospital das Clínicas. “As condições de atendimento até então não eram das melhores. A partir da unidade, foi montado o curso de enfermagem na Ufba e também foram incorporadas profissões importantes como as de fisioterapeuta, nutricionista, engenheiro sanitário e as tecnologias da informação ficaram à serviço da saúde”, contou.

Roberto Santos também destaca a Constituição Brasileira de 1988 como um grande avanço para a saúde, com o posterior surgimento do SUS. “Apesar de ter tido altos e baixos, o sistema permitiu avanços importantes na medicina como o acesso aos exames de pré-natal, redução das taxas de mortalidade infantil e aumento da longevidade entre as pessoas de baixa renda”, afirmou.

Ele disse ainda que os desafios no setor são grandes, mas também ressaltou a importância da atenção básica, “que tem dado cobertura em faixas importantes da população”, acrescentou.

Já Christiane Souza, que fará palestra nesta segunda-feira (5), às 19h, no auditório José Guilherme da Silva, no ISC, abordará a História da Saúde da Bahia entre os anos 1808 e 1958, desde a fundação da Santa Casa de Misericórdia e de grandes hospitais como o Couto Maia, Português e Espanhol, passando pelas grandes epidemias vividas no estado: febre amarela (1849), cólera (1855) e gripe espanhola em 1918. “Vamos falar também do grande avanço da medicina baiana com a publicação de artigos na Gazeta Médica da Bahia”, disse a historiadora que destaca o trabalho dos médicos baianos Nina Rodrigues, Clementino Fraga e Martagão Gesteira.


















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