quinta-feira, 19 de abril de 2012

Salvador recebe maior especialista do Brasil em poluição do ar

O professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Laboratório de Poluição da USP, Paulo Saldiva, estará em Salvador nesta sexta-feira (20), para falar sobre a relação entre a poluição atmosférica e as mortes consideradas por causas naturais no Brasil. Ele participa, às 10h, de um seminário, no auditório do Instituto de Saúde Coletiva da Ufba, cujo tema é Poluição atmosférica como problema de saúde pública no Brasil – O custo para a sociedade.

Segundo estudo desenvolvido pelo próprio Saldiva, 3,5 mil pessoas morrem na cidade de São Paulo (SP) todos os anos devido à má qualidade do ar. O levantamento Entre 5% e 10% das mortes consideradas por “causas naturais” na Grande São Paulo são resultados de danos causados pela poluição atmosférica à saúde da população. De acordo com a projeção, até 2040, cerca de 25 mil mortes estarão relacionadas à poluição do ar da região metropolitana de São Paulo. Para os pesquisadores a frota automotiva é a verdadeira vilã do problema de poluição do ar.

“Neste seminário, ele deve mostrar um paralelo com a realidade de Salvador”, informa o professor e pesquisador baiano  do ISC, Ademário Spínola.

Entre os danos à saúde causados pela poluição atmosférica estão problemas oftálmicos, doenças dermatológicas, problemas gastrointestinais, problemas cardiovasculares, doenças pulmonares, alguns tipos de câncer, efeitos sobre o sistema nervoso, além de algumas doenças infecciosas. 

Os estudos desenvolvidos no laboratório indicam que os grandes problemas em São Paulo e nos grandes centros urbanos do mundo como Salvador são o ozônio e o material particulado, sendo que, respectivamente, 80% e 40% dos precursores desses dois poluentes derivam da frota de veículos a diesel.

Assessoria de Imprensa: Gabriel Carvalho
Contato: 71 9132-3560

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