O professor da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do
Laboratório de Poluição da USP, Paulo Saldiva, estará em Salvador nesta
sexta-feira (20), para falar sobre a relação entre a poluição atmosférica e as
mortes consideradas por causas naturais no Brasil. Ele participa, às 10h, de um
seminário, no auditório do Instituto de Saúde Coletiva da Ufba, cujo tema é Poluição atmosférica como problema de saúde
pública no Brasil – O custo para a sociedade.
Segundo estudo desenvolvido
pelo próprio Saldiva, 3,5 mil pessoas morrem na cidade de São Paulo (SP) todos
os anos devido à má qualidade do ar. O levantamento Entre 5% e 10%
das mortes consideradas por “causas naturais” na Grande São Paulo são
resultados de danos causados pela poluição atmosférica à saúde da população. De
acordo com a projeção, até 2040, cerca de 25 mil mortes estarão relacionadas à
poluição do ar da região metropolitana de São Paulo. Para os pesquisadores a
frota automotiva é a verdadeira vilã do problema de poluição do ar.
“Neste seminário, ele deve mostrar um paralelo com a realidade de Salvador”, informa o
professor e pesquisador baiano do ISC, Ademário Spínola.
Entre os danos à saúde causados pela poluição
atmosférica estão problemas oftálmicos, doenças
dermatológicas, problemas gastrointestinais, problemas cardiovasculares,
doenças pulmonares, alguns tipos de câncer, efeitos sobre o sistema nervoso,
além de algumas doenças infecciosas.
Os
estudos desenvolvidos no laboratório indicam que os grandes problemas em São
Paulo e nos grandes centros urbanos do mundo como Salvador são o ozônio e o
material particulado, sendo que, respectivamente, 80% e 40% dos precursores
desses dois poluentes derivam da frota de veículos a diesel.
Assessoria
de Imprensa: Gabriel Carvalho
Contato: 71
9132-3560
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