Gabriel Carvalho
Estamos a quase um ano do Mundial de Futebol da
Fifa e as especulações em torno das seleções favoritas já começam a brotar como
flores em tempos de primavera. Esta semana, dois jogos importantes ocorreram na
Champions League, principal torneio
de clubes da Europa. Bayern e Barcelona,
em Munique e Bourussia e Real Madrid em Dortmund, serviram para acender um
alerta entre os espanhóis, embora Barça e Real sejam clubes globalizados.
Os desempenhos dos times do polonês Levandowisk
(Bourussia), que marcou quatro gols em cima do Real Madrid e do alemão Müller (Bayern),
que fez dois no Barcelona, mostraram que o país do chucrute anda em alta no
mundo da bola e com chances para lá de reais de proporcionarem uma final germânica
na Champions.
E não são só os clubes alemães que estão em alta. A
seleção possui nada menos que 89% de aproveitamento no Grupo C europeu das
Eliminatórias. Com 16 pontos, oito a mais que a Áustria, que ocupa a segunda posição,
a Alemanha possui um cartel de cinco vitórias em seis jogos. O único tropeço
foi o empate em 4 a 4, jogando diante de seus torcedores contra a Suécia.
Quem associa o futebol alemão a muitos volantes e
uso da força é contrariado pelos números. Na atual campanha o time marcou 22
gols e sofreu sete, totalizando um saldo de 15 tentos e uma média de 3,6 por
partida.
No lado sul-americano do Planeta Bola, o Brasil de
Luiz Felipe Scolari segue aos trancos e barrancos, com apenas uma vitória
diante da fraca Bolívia. No último jogo contra o Chile, a seleção – que atuou
com jogadores “nacionais” – amargou um empate sem graça no Mineirão com o
placar de 2 a 2. Apesar das críticas e do estilo de treinar e administrar, o Felipão tem tradição em copas
e mostrou isso com Grêmio, Palmeiras e a própria Seleção Brasileira, vencendo
um improvável Mundial em 2002.
Nas eliminatórias do continente, a Argentina segue líder,
o que não é surpresa para quem tem o melhor jogador do mundo (Lionel Messi).
São sete triunfos em 11 partidas. Surpreendente, entretanto, é o desempenho do
Equador (segundo colocado), Venezuela (quinto) e Uruguai, que na sexta posição estaria
fora até da repescagem se a competição terminasse agora. O Paraguai, que tem
clubes tradicionais e que já deu trabalho a grandes seleções em mundiais, a
exemplo do que fez com a França em 1998, segura a lanterna.
Como no futebol o jogo só termina quando acaba,
aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
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