Gabriel Carvalho*
Depois de declarações bizarras de um jumento (com todo o
respeito ao animal), ou melhor piloto, que ofendeu o povo nordestino ao relatar
a má prestação de um serviço em um restaurante da Paraíba, a companhia aérea
Avianca, que tem bons serviços de bordo, diga-se de passagem, continuou com a
sua agonia com a Região Nordeste do Brasil.
Um pouso forçado em Brasília, após decolar de Pernambuco e
uma parada de emergência no Ceará marcam uma série de experiências desastrosas
da empresa com os nordestinos.
A primeira foi relatada na Folha de São Paulo pelo
ex-deputado federal, Edson Duarte (PV), que comparou os preços da companhia com
os de uma viagem para o Caribe. É isso mesmo: o trecho de Brasília para
Petrolina, cidade do Sertão de Pernambuco, custava a mesma coisa que ir para
Cancun. A empresa justificou a questão de custos e fez um trololó (sic) que
acabou não convencendo a ninguém.
Em seguida veio o piloto, que detonou o povo da região em
sua página no Facebook, adjetivando-os de burros, porcos e outras coisas mais
pejorativas. A empresa fez o que era esperado e afastou o funcionário
preconceituoso.
E, por último, os episódios da parada de emergência e pouso forçado já relatados acima.
O que resta à companhia, além de reforçar a retratação que
já fora feita com o povo do Nordeste, é procurar os manuais de gerenciamento de
crise e apelar para Padre Cícero, que viveu no Sertão do Cariri, no Ceará, Frei
Damião, que era italiano, mas passou a vida em Pernambuco e Irmã Dulce, freira
baiana beatificada pelo Vaticano.
*Gabriel Carvalho é jornalista, publicitário e especialista
em Redes Sociais Digitais e Assessoria de Imprensa
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