sexta-feira, 29 de junho de 2012

Ninguém joga só com o nome


As vezes me pergunto o que tem a ver comunicação com futebol e sempre me surpreendo com algumas semelhanças. Nos períodos a seguir, veremos como esses dois segmentos se afinam.

No início do ano de 2011, o ex-melhor do mundo pela Fifa e quase ex-jogador de futebol, Ronaldinho Gaúcho, foi anunciado com pompas, plumas e paetês por um Flamengo que estava atolado em dívidas e sem um grande patrocinador.

A passagem do antigo Camisa 10 rendeu um título do Campeonato Carioca e uma classificação para a Taça Libertadores da América, porém, a contribuição dada pelo ex-craque não foi relevante para as duas campanhas, digamos assim, exitosas.

Um ano depois, Ronaldinho Gaúcho saiu quase execrado pela torcida e diretoria do rubro-negro do Rio, pois não conseguiu sucesso ao jogar apenas amparado no nome. Segundo os especialistas e cronistas, o futebol de hoje exige preparo físico, dedicação e abstinência das noitadas, o que o jogador não parecia disposto a fazer.

Na TV, o que se vê é uma situação parecida e inversa ao mesmo tempo. Jornalista premiada e dona de um carisma e talento estratosféricos, Fátima Bernardes parece viver dias de grande tormento com a estreia do seu programa diário na manhã da Globo, que perde em audiência para uma dupla de palhaços (com todo o respeito a essa categoria artística). A ex-estrela do Jornal Nacional patina como comunicadora e parece não ter o domínio da atração que tem plateia em vez de teleprompter.

Engessada como na bancada de um telejornal conservador, ela parece não ter muita intimidade com o público e tampouco jogo de cintura para segurar a onda de um programa ao vivo que precisa de improvisos.

Assim, voltamos à velha questão. O que futebol e comunicação têm em comum? Para praticá-los é preciso ter talento, treinar muito e se dedicar. Ou seja: Jogar só com o nome não leva o time a ganhar títulos.

Um comentário:

Henrique Brinco disse...

O JN registra boa audiência por estar entre duas novelas e em horário nobre, o que fideliza o público. Se ela emitisse opinião no JN, até poderiamos pensar que ela tem seguidores. Entretando, na bancada, ela só lia notícias!